Instalações Elétricas
Algumas instalações elétricas podem ser redimensionadas para um menor consumo de energia. Isso diminui as perdas como por aquecimento dos cabos e picos de tensão gerado por distorções na rede elétrica.
Esse estudo visa tornar a instalação mais segura e eficiente. Com a alteração da forma com que consumimos a energia, compra de novos equipamentos elétricos ou a mudança de um ambiente em outro, pode alterar as cargas elétricas que passam por determinada fiação.
Aquecimento de cabos
O aquecimento dos cabos elétricos é um grande risco a saúde humana. Ele pode ocorrer devido a instalação de novos equipamentos ou instalações não dimensionadas, está sobre carga pode gerar a queima do isolamento elétrico, queima de equipamentos e até possíveis focos de incêndio.
Um estudo detalhado das instalações promove o redimensionamento dos cabos para eliminar os pontos de aquecimento. Em alguns casos apenas a reorganização dos cabos já existentes é o suficiente para eliminar este problema.
Demanda contratada
Existem formas distintas de cobrança de energia elétrica. Consumidores com poucos equipamentos elétricos instalados (potências menores que 75kW), a concessionária vai te alimentar em baixa tensão e será cobrado um valor único de consumo com uma única tarifa.
Para consumidores com muitos equipamentos elétricos (potência acima de 75kW) a concessionaria possui um regime de cobrança diferenciado. É cobrado um valor fixo de demanda de energia contratada pelo cliente e um segundo valor referente a consumo energético variável através dos meses.
Demanda de potência ativa a ser obrigatória e continuamente disponibilizada pela distribuidora, no ponto de entrega, conforme valor e período de vigência fixados em contrato, e que deve ser integralmente paga, seja ou não utilizada durante o período de faturamento, expressa em quilowatts (kW).
A ultrapassagem dessa demanda gera uma multa mensal recorrente, um acréscimo na conta de energia que pode ser removido com a adequação dessa demanda. Normalmente essa ultrapassagem é o resultado da expansão da empresa com o aumento das cargas elétricas sem realizar o ajuste na conta. Um estudo da rede pode remover esse e outros problemas que possam estar na conta, mas diluído em termos técnicos como o excedente reativo e fator de potência.
Fator de potência
O Fator de Potência é uma relação entre a Potência Aparente (potência instantânea medida), a Potência Reativa (energia utilizada em pelos equipamentos magnéticos), a Potência Ativa (energia utilizada pelos equipamentos).
A Potência Reativa sobrecarrega a rede da concessionária gerando maior fluxo energética em um ponto solicitando cabos maiores. Como a Potência Reativa pode e deve ser gerada pelo próprio cliente, com a colocação de capacitores, o fator de potência é utilizado como um parâmetro de medida do sistema elétrico.
O fator de potência varia entre 0 e 1 que indica o quão eficiente é o consumo de energia elétrica por um equipamento ou circuito. O fator de potência ideal é 1, e quanto mais baixo for este número, menor a eficiência ou rendimento do equipamento.
Segundo a Legislação Brasileira o Fator de Potência mínimo permitido para as contas de energia é de 0,92. Abaixo deste valor, a Concessionária deve cobrar multa na fatura de energia sobre o consumo de Potência Reativa além dos 8% máximos permitidos.
As principais cargas que causam baixo Fator de Potência são lâmpadas fluorescentes, transformadores em vazio (sem carga) ou com baixa carga e motores de indução (motores mais usados na indústria).
A forma de compensar o baixo Fator de Potência é a instalação de bancos de capacitores em paralelo na entrada de energia ou no próprio equipamento com carga indutiva. Esses bancos introduzem na instalação uma carga capacitiva, que tem o efeito contrário da carga indutiva. Isso compensa o baixo Fator de Potência e ajusta o valor para mais próximo de 1, evitando as multas.
O ajuste do fator de potência promove algumas vantagens como:
- Redução significativa do custo de energia elétrica;
- Aumento da eficiência energética da empresa;
- Melhoria da tensão;
- Aumento da capacidade dos equipamentos de manobra;
- Aumento da vida útil das instalações e equipamentos;
- Redução do efeito Joule;
- Redução da corrente reativa na rede elétrica.
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